Pelos
reflexos dos teus olhos, encontrei-me .
Durante esse mero lapso de instante, petrificou-me
eternamente .
Sugou-me até
a última gota de avidez .
Permaneço impotente, exalando mortalidade .
E tu vens e
vais constantemente,
fazendo-me
suicidar amores de confetes.
Aprisionado
em momentos que nunca me pertenceram,
vou ao encontro ou contra tempos ?
Virei
escravo dessa criatura divina que se rasteja
até minha morada
e apunhala-me com sua adaga ,
a mesma com que me dispara
alentos, juras , carinhos , feitiços .
Que chama é
essa que surgi do nada e se apaga por
tudo ?
Que cretinice
fiz comigo ?
Que
miserável que sou por não querer fugir .
E hoje
somente me resta as cinzas do que já foi prazeroso,
e a falência de alguns órgãos .
De certo só
sei , que há muitas coisas que ficaram intrínsecas,
nas entrelinhas,
entre nós .