terça-feira, novembro 5

Entre Nós Entre




Pelos reflexos dos teus olhos, encontrei-me .
Durante  esse mero lapso de instante, petrificou-me eternamente .
Sugou-me até a última gota de avidez .
Permaneço impotente, exalando mortalidade .
E tu vens e vais constantemente, 
fazendo-me suicidar amores  de confetes.
Aprisionado em momentos que nunca me pertenceram, 
vou ao encontro ou  contra tempos ?
Virei escravo dessa criatura divina que se rasteja até minha morada 
e apunhala-me com sua adaga , 
a mesma com que me dispara alentos, juras , carinhos , feitiços .
Que chama é essa que surgi do  nada e se apaga por tudo ?
Que cretinice fiz comigo ?
Que miserável que sou por não querer fugir .
E hoje somente me resta as cinzas do que já foi prazeroso, 
e a  falência de alguns órgãos .

De certo só sei , que há muitas coisas que ficaram  intrínsecas,
nas entrelinhas,
entre nós .